sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
  
Afinal somos ou não somos racistas ?

No Brasil, uma pesquisa realizada junto a uma amostra representativa da população nacional indicou que quase 90% dos entrevistados se consideram não racista, ao mesmo tempo em que igual percentagem de brasileiros acredita que existe racismo no Brasil Schwarcz (1996)


A partir de então, passa-se a combater algo existente em nossa sociedade, o racismo, facilitando assim, a busca por alternativas de superação do mesmo, como exemplo temos a constituição federal de 1988, chamada de constituição cidadã, em seu artigo 5º “Institui a discriminação racial como prática de crime, inafiançável e imprescritível, sujeita a pena de reclusão, nos termos da lei”. Essas práticas discriminatórias aliadas à exclusão social impedem os negros de acenderem socialmente.
No que se refere especificamente à educação, a LDB de 9394/96, apesar de varias lacunas contribui para colocar na pauta de discussão, questões relativas à diversidade culturais e pluralidade ética e também a Lei 10639/10 de 09 de janeiro de 2003, que altera a LDB para incluir no currículo oficial da rede de ensino, obrigatoriedade da temática história e cultura afro-brasileira, essas alterações contribuem para mudanças significativas no ambiente escolar.
Na educação eurocêntrica, da qual somos frutos, o negro só se faz presente quando é estudado o período da escravidão reafirmando, sua imagem como escravo, inferior e tantos outros adjetivos pejorativos muitos deles naturalizados socialmente com status de verdade, também entre os negros. Portanto aprende desde cedo a ocupar o “seu lugar” de subalterno nos espaços sociais e a depreciar tudo o que envolve esse lugar.
Nesse sentido, percebemos que o próprio negro se auto-discrimina quando não aceita sua condição; depreciando sua origem ele nega sua identidade, mas como é possível aceitar algo tão negativo que lhe foi repassado desde a infância primeiramente pela família e depois pelo meio social? Seria o negro tão culpado por não querer se identificar como negro?
A partir da leitura faça seus comentários e contruibua construindo conhecimento.

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